EUA - Um crescente conjunto de evidências indicam que a vitamina D, presente principalmente em óleos de fígado de peixes e alimentos derivados do leite, como manteiga e queijos gordurosos, pode reduzir o risco de uma ampla gama de problemas de saúde, incluindo a doença óssea, esclerose múltipla, doenças auto-imunes, câncer e problemas cardiovasculares. No entanto, os benefícios ainda não são conclusivos. Dois artigos publicados no portal científico “bmj.com” apresentam debates sobre os dois lados dessa incógnita.
O primeiro, realizado por pesquisadores do Reino Unido, Europa e Estados Unidos, analisou 137 estudos que observaram ensaios clínicos para resumir os resultados da ingestão de vitamina D tanto naturalmente quanto por meio de suplementos. Nele, está descrito que apenas 10 trabalhos testaram exaustivamente a substância e que em apenas um (que avaliou a relação do peso ao nascer com os níveis do suplemento da mãe no final da gravidez) tinha provas aparentemente concordantes a respeito do benefícios.
Em outras palavras, os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência convincente de um papel claro da vitamina D para qualquer resultado.
Com base nesta revisão, os pesquisadores sugerem uma associação “provável” entre os níveis da vitamina e o peso dos bebês ao nascer, a cárie dentária em crianças - além da influência nos níveis do hormônio da paratireóide em pacientes com doença renal crônica que necessitam de hemodiálise.
Em contraste com os relatórios anteriores, os cientistas também lançaram dúvidas sobre a eficácia da substância para a osteoporose ou prevenção de quedas. Eles sugeriram que a vitamina D pode não ser tão essencial quanto se pensava em manter a densidade mineral óssea.
Outro estudo
No segundo artigo, uma equipe internacional liderada por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, analisou a possibilidade de a baixa quantidade de vitamina D no sangue estar associada ao risco de morte por doença cardiovascular, câncer ou outras condições. O trabalho também foi feito com base na análise de estudos anteriores.
A média de tempo de acompanhamento nos estudos foi de três a sete anos. Nos 14 ensaios avaliados, entre as pessoas que tomam esses suplementos, o risco de morte foi reduzido em 11%.
No entanto, os autores também salientaram que novas investigações clínicas são essenciais para estabelecer a dose ideal, a duração, a segurança, e se a vitamina D2 ou D3 têm efeitos diferentes sobre o risco de mortalidade.
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